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06/08/2020

Tire suas dúvidas sobre o Freio ABS e seu funcionamento

 

Ao longo da evolução do automóvel, o desenvolvimento de motores mais potentes, capazes de garantir um melhor desempenho nas ruas e estradas, sempre esteve entre as prioridades. À partir da década de 1950, a preocupação com a segurança dos veículos também ganhou força. Uma atenção especial foi dada aos freios. Era preciso parar os carros em poucos metros e sem o travamento das rodas.

A solução definitiva veio da aviação e contou com uma ajuda muito importante da eletrônica. A tecnologia ABS (Anti-lock Braking System ou, em português, sistema de freios antitravamento) conseguiu o que antes parecia impossível: garantir o máximo poder de frenagem sem travar as rodas e com um controle total do veículo, mesmo nas piores condições, como numa tempestade, em estradas de terra ou até no gelo.

Mas você conhece bem os freios ABS e sabe como ele funciona? Ficou na dúvida? Então siga na leitura e confira muitos detalhes interessantes!

 

O que são os freios ABS?

Obrigatório no Brasil em todos os carros fabricados a partir de 2014, o ABS é um sistema inteligente que une hidráulica e eletrônica para impedir o travamento das rodas quando o pedal do freio é acionado bruscamente, algo comum numa situação de emergência ou quando o piso tem pouca aderência. Aqui, por exemplo, são comuns os acidentes nas chuvas de verão, enquanto outros países sofrem com a neve.

Para fazer o seu trabalho, o ABS conta com sensores nas quatro rodas que informam, em milésimos de segundo, se uma delas está começando a travar. O módulo eletrônico (uma espécie de computador) avalia a informação e aciona as duas eletroválvulas dessa roda, que aliviam a pressão do fluido por um instante. Em seguida, voltam a aplicar toda a força. Essa “modulação” é repetida enquanto for necessário.

 

Breve história da tecnologia

O primeiro sistema de freios ABS que realmente funcionou foi criado por Gabriel Voisin em 1929. O francês, que era aviador e um grande amigo de Santos-Dumont, usou a invenção para evitar acidentes durante o pouso das aeronaves, algo que na época causava várias mortes. Mas, como ainda era totalmente mecânico, tinha uma série de limitações. O uso da tecnologia acabou ficando bastante restrito.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a aviação deu um grande salto tecnológico e os sistemas mecânicos antitravamento ficaram bem confiáveis. A partir da década de 1950, passaram a equipar vários aviões de passageiros e, anos depois, foram usados em alguns modelos de motos, carros de corridas e esportivos de produção artesanal. A eletrônica finalmente chegou ao ABS em 1969, com o Concorde.

Após várias experiências em diversos países, o sistema moderno de freios ABS estreou nos luxuosos sedans da Mercedes-Benz e BMW em 1978. Mesmo pesando mais de seis quilos, usava um módulo eletrônico de controle e foi considerado um grande avanço. No Brasil, a tecnologia chegou em 1991, com o antigo Volkswagen Santana. Hoje, todo o sistema pesa cerca de um quilo.

 

Por que o ABS é mais seguro?

Um carro com ABS apresenta uma frenagem muito melhor do que um modelo sem a tecnologia. Em situações extremas, quando o motorista é surpreendido por algum imprevisto ou a pista não tem a aderência necessária, esses freios fazem a diferença. Inclusive, pesquisas comprovam que o sistema reduz consideravelmente os acidentes de trânsito, salvando milhões de vidas em todo o mundo.

Entre as suas principais vantagens, podemos destacar:

·        Ausência do travamento das rodas, mesmo em pisos com baixo atrito;

·        Redução da distância percorrida durante a frenagem em cerca de um terço;

·        Controle perfeito da direção, mesmo com os freios acionados ao extremo.

Nas últimas décadas, os freios ABS também passaram a atuar de uma forma integrada com outros sistemas eletrônicos de segurança dos veículos, como as tecnologias ASR (controle de tração), EBD (distribuição eletrônica de frenagem entre a dianteira e a traseira), ESP (controle de estabilidade), Hill Holder (assistente de partida em rampa) e até dispositivos semiautônomos nos modelos mais sofisticados.

 

Os componentes do sistema

Além de ser fundamental para a segurança do veículo, o ABS é um conjunto de vários componentes mecânicos, hidráulicos, elétricos e eletrônicos. Suas peças podem ser encontradas em diversas partes do veículo. É muito importante o dono do carro saber onde ficam e para que servem, assim pode tomar os cuidados necessários e ficar atento na hora da manutenção. Vamos a elas:

Rodas fônicas: costumam ter a forma de um anel dentado ou disco magnético. Quase sempre, estão acopladas a outras peças do carro, como os cubos de roda, rolamentos, retentores, juntas homocinéticas, caixa do diferencial, entre outras.

Sensores de velocidade: presentes em cada roda (ou, em alguns utilitários, no centro do diferencial) trabalham “lendo” as informações das rodas fônicas. A partir desses dados, o módulo eletrônico detecta o início do travamento e aciona o sistema.

Unidade hidráulica: localizada no cofre do motor, é formada por uma bomba eletro-hidráulica (que pressuriza novamente o fluido de freio após o ABS entrar em ação), câmara acumuladora (para onde o fluido retorna até ser pressurizado) e as válvulas solenoides (responsáveis pelo controle da pressão do fluido em cada roda).

Cilindro mestre: outro detalhe importante, principalmente na hora da manutenção, é que o cilindro mestre dos carros equipados com ABS é diferente dos modelos sem a tecnologia. Se montarem o item errado, a frenagem ficará comprometida.

Módulo eletrônico: é o “cérebro” do sistema. Seu microprocessador controla a ação de todos os componentes, evitando os travamentos e proporcionando a melhor frenagem. Também alerta o motorista e o mecânico quando surge algum defeito.

 

Cuidados na manutenção do ABS

Apesar de ser um sistema bastante robusto e confiável, o ABS não pode ser esquecido na hora da revisão. O ideal é seguir todas as orientações do manual do veículo ou, pelo menos, realizar uma checagem preventiva uma vez por ano ou a cada 10.000 km. O fluido de freio merece uma atenção especial. Se estiver velho, contaminado, com muita água ou a especificação estiver errada, pode danificar a unidade hidráulica.

A manutenção dos freios de um carro com ABS também exige uma série de cuidados. Até uma troca de pastilhas pode danificar vários componentes, se for feita de qualquer jeito. Procure uma oficina de qualidade, com profissionais treinados e todos os equipamentos necessários para um diagnóstico correto, a começar pelo scanner. Também fique atento com a compra das peças, muitas são diferentes.

Sempre que você notar qualquer comportamento estranho do veículo na hora de frear, como o travamento das rodas, excesso de trepidação no pedal, aumento das distâncias de frenagem, ruídos estranhos, vazamentos de fluido ou se a luz de alerta do ABS começar a acender no painel, não deixe para depois. É preciso procurar um mecânico de confiança o quanto antes para resolver o problema.

 

Fonte: https://blog.nakata.com.br/freio-abs/